VAZIO

                                                             

                                                                                                                                                                                                                                           
                                               texto e fotografia por Andrea Giovanna

Ao longo de minha vida, alguma vezes senti, e ainda sinto, um certo vazio.
Conversando com algumas pessoas, elas me relataram a mesma sensação, um vazio inexplicável. 
Não é tristeza, mas também não é aquela alegria, mesmo em encontros ditos alegres. Uma não identificação com algumas pessoas e situações. 
Uma sensação de falta de propósito. 
Alguém me falou que pode ter haver com a mudança planetária, será? 
Tantas pessoas se sentem solitárias, muitas buscam preencher de maneiras diversas, mas muitas vezes é um preenchimento ilusório, e sentem um vazio ainda maior. Outras buscam com trabalhos voluntários, o que realmente é um prazer de alma. 
Sabemos que é inerente ao ser humano o nascer e morrer sozinho, e que ao longo da vida todos nós já sentimos, ou sentiremos esse vazio afetivo.
É importante gostarmos da nossa companhia, não deixarmos de fazer alguma coisa por falta de alguém junto. A solitude bem sentida e vivida, percebendo que há beleza e aprendizado nos diversos vazios. 
O que está fazendo com os seus, e como está vivendo os seus vazios? Transformemo-os em vazio construtivo. 
Que todos possamos encontrar um significado para o que sentimos. E que cada vez mais, através do autoconhecimento, da solidariedade, e do amor, possamos sentir esse preenchimento que é um alento em nossos corações.