MINHA CAMINHADA

 Texto: Andrea Giovanna

Fotografia: Marcia Souza

Quantas vezes deixamos de fazer algo por nós em benefício do outro?

Regularmente nos anulamos em detrimento de filhos, relacionamentos, família, profissão, amigos, mas isso não nos faz bem e talvez também não faça bem ao outro, a quem desejamos agradar e não criar atrito. 

Quando criança meu pai sempre falava para mim e meus irmãos que a primeira pessoa na conjugação do verbo sempre é o eu. Em alguns momentos isso me incomodou, em outros uma interpretação equivocada até de alguns religiosos que diziam que deveríamos olhar primeiro ao próximo. Mas com o tempo percebemos que até para ajudar precisamos estar bem.

Esse ano está sendo para mim  libertador, justamente por ter me posicionado em algumas questões, e decidido outras  pensando primeiramente em minha necessidade, em minha possibilidade e vontade. Foi bem difícil, sofrido mesmo. As vezes até um sentimento  de culpa como se eu estivesse sendo egoísta. Mas segui, não desisti de me agradar. Assim estou me sentindo mais leve, mais livre e me permitindo sonhar.

E como é bom nos libertar desses padrões comportamentais, como é gostoso caminhar resoluta enfrentando o medo de não atender a expectativa do outro. Caminhemos. 

E como bem disse Mia Couto “O paraíso não é um lugar, é um breve momento que conquistamos “.

Então conquistemos...