O QUANTO REALMENTE NOS CONHECEMOS?

Texto: Andrea Giovanna

Imagem: Internet

Uma querida amiga me disse: "o autoconhecimento não é fácil, às vezes mascaramos algumas emoções e guardamos outras sem perceber". Após essa fala fiquei analisando que muitas vezes - ou na maioria delas - pensamos que nos conhecemos, mas basta alguma situação ou alguém tocar em alguma questão que nos incomoda para termos reações diversas. Às vezes damos algum assunto por resolvido, mas quando ele vem à tona nos traz emoções que nos faz perceber que ainda não superamos de fato. Por que é tão difícil assumir nossas verdadeiras emoções? Quantas vezes dizemos que está tudo bem, quando na verdade não está, só para não magoar o outro? Quantas vezes dizemos sim, querendo dizer não? Quantas vezes nos iludimos, ou não, colocando um sorriso no rosto e afirmando para nós mesmos que está tudo bem, quando na verdade só queremos mascarar o que machuca?

Nos relacionamentos podemos transbordar aquilo que temos em nós e nossas dores, anseios e curas fazem parte de quem somos. Quantas feridas ainda possuímos que não estão curadas? A dor que não contamos a ninguém transbordamos na vida porque quando o silêncio nos faz cativo nossa verdade fica presa no peito. O passado que adiamos, de alguma forma, nos persegue todos os dias. O que estamos transbordando?

Em se tratando de situações que, nessa gangorra da vida, fazem parte vivenciarmos, como estamos enfrentando? Posso encarar com um olhar de aceitação, compreensão e ter cuidado com a reação que muitas vezes só piora a situação. Acredito que na vida tudo são escolhas e independente da situação, do problema podemos escolher encarar com mais leveza. Nossas cicatrizes não são defeitos e se aceitas e não camufladas podem ser encaradas e admiradas como qualidades.

Tem uma frase de Nietzsche que gosto muito "E aqueles que foram vistos dançando foram considerados loucos por aqueles que não podiam ouvir a música." Gosto de ser "doidinha de tudo" como sou carinhosamente chamada por uma pessoa que amo. Porém, se algum momento eu não estiver dançando, ou podendo ouvir a música, espero que me chamem para dançar.

E assim finalizo com essa pergunta para todos nós: O quanto realmente nos conhecemos?