DEIXAR IR

DEIXAR IR

Texto: Andrea Giovanna

Imagem: Ichiro

Tenho vivido dias intensos - dentro e fora de mim - me questionando sobre várias coisas que andam acontecendo.

Será que realmente deixamos ir o que rouba nossa afetividade? Comportamentos, palavras, gestos e tudo mais que muitas vezes não fazem mais sentido na nossa vida, mas insistimos em manter? Aquelas pessoas que mantemos em nossa vida, seja pelas boas recordações ou porque respeitamos o jeito delas e acabamos aceitando o que incomoda. Mas, algumas pessoas literalmente agem de um jeito que não gostamos. Para alguns você até fala para não agirem dessa forma, mas mesmo assim continuam e fazem coisas que você não admira, contudo você insiste em chamar essas pessoas de amigos. Será que realmente são?

Por que insistimos em certos relacionamentos? Essa atitude, acredito que fale mais sobre nós do que dos outros. Nosso orgulho? Necessidade de agradar e sermos admirados por todos? O que queremos preencher com essa atitude? Algum vazio existencial?

Há alguns comportamentos que já não deveríamos mais repetir, mas muitas vezes, nem nos damos conta que os temos. Tudo isso só nos mostra a importância do autoconhecimento, do olhar para dentro, saber pausar e respirar profundamente para serenar a mente. Cada vez mais aumenta o número de pessoas ansiosas, e nós, o que estamos fazendo para não sermos mais um número da estatística? 

O poder está em nossas mãos, no nosso livre arbítrio de dia após dia fazermos escolhas que façam sentido com a vida que desejamos.

Escolher melhor as amizades, os relacionamentos, os nossos pensamentos e assim, tudo mais que possa interferir em nossos comportamentos e atitudes.

Outro dia li um texto que me chamou atenção: "Caminhar com quem carrega amor na alma é como aprender a respirar de novo. A gente precisa caminhar com pessoas apaixonantes e apaixonadas pela vida, porque é esse tipo de gente que nos lembra que viver, apesar de tudo, ainda é bonito... Caminhar com quem carrega amor na alma é como aprender a respirar de novo. É perceber que mesmo quando o peito aperta, ainda vale a pena encher os pulmões de esperança".

Então aprendamos a respirar de novo e deixar ir...